Linhagens

Desde a década de 1930, a Família Bianchi aposta na genética para ter suas galinhas caipiras. Pioneiramente, um parque de seleção genética foi montando na fazenda e, sob orientação de um geneticista norte-americano, foi criado um plantel de diversas raças, entre elas a primeira linhagem industrial brasileira para distribuição de pintos de 1 dia em todo o Brasil: a rubro-negra. Tratava-se de uma linhagem de alta performance para a época, mas que foi descontinuada nos anos 80 porque, apesar da alta produtividade, seus ovos não tinham padronização de tamanho.

Foi na década de 1980 que Luiz Emanoel Bianchi Júnior e seu pai Luiz Emannuel Bianchi iniciaram um trabalho de selecionamento genético de aves caipiras. Eles importaram linhagens dos Estados Unidos e fizeram o cruzamento com raças de sucesso no Brasil, identificadas principalmente em sítios das regiões de Sorocaba, São José dos Campos e São Paulo.

O resultado foi a criação em 1982 da primeira linhagem legitimamente brasileira de frango caipira: a Paraiso Pedrês, uma ave mais resistente a doenças que pode ser criada solta em piquetes e com a carne de melhor qualidade. Outra característica importante da linhagem é a coloração das penas. Por serem multicoloridas, a identificação de que ela é caipira é imediata.

O sucesso do produto foi crescente e atualmente a Paraíso Pedrês é o carro-chefe da Família Bianchi. Além dela, são produzidas a Rubro Mista, que é uma ave caipira de postura, e a Pedrês Pescoço Pelado, que não contém penas no pescoço, atendendo solicitações de clientes das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Todas são caipiras legítimas, o que significa terem sabor e consistência diferenciados, e mantém a característica de ter penas multicoloridas, um diferencial que favorece o trabalho dos criadores.

Curiosidade

Você sabia que o frango caipira recebe nomes diversificados nas diferentes regiões do Brasil? No Sul, ele é chamado de ave colonial e no Norte de ave de capoeira. No Sudeste, é ave caipira.